Eu mimo meu bebê. E você?

IMG_20150410_193150

Se dar colo ao bebê quando ele precisa é mimar. Então eu mimo.
Se embalar o bebê para ajudá-lo a dormir é mimar. Então eu mimo.
Se atender ao choro do bebê é mimar. Então eu mimo.
Se amamentar o bebê por livre demanda é mimar. Então eu mimo.
Se brincar, cantar, cozinhar para o bebê é mimar. Então eu mimo.
Eu mimo dando amor, mimo distribuindo carinho,
Mimo enchendo-o de beijos e consolando seus choros.
Eu amo mimar!
E você, também mima o seu bebê?

(por Pâmela Regina Amaral)

Quando nasce um bebê, nascem também os “bem intencionados” pitaqueiros (aqueles que acham que dão “conselhos”): “Não fique com ele no colo o tempo todo! Deixa esse bebê chorar, é bom para abrir os pulmões! Amamentando de novo? Vai mimá-lo.” Quem nunca ouviu “conselhos” como estes?

Até bem pouco tempo atrás eu era adepta a todos esses “conselhos”, diria até paranóica nos cuidados com o Gabriel, por medo de mimá-lo. Não o pegava muito no colo, não o embalava, não permitia ele dormir no meu colo, não cantava para ele, dentre outras coisas. Imagina isso, que absurdo.

Mas se tem uma coisa que eu aprendi nesses 7 meses de convívio com o Gabriel é que um bebê necessita de segurança. Sim, segurança. Só assim ele passa a sentir confiança em si mesmo, nos pais e nas pessoas a sua volta. E a melhor forma de transmitir segurança para um bebê é suprindo as suas necessidades básicas. Observando os cuidados que meu marido (o pai), tem com ele, pude notar uma crescente evolução afetiva no Gabriel, afinal carinho é carinho, e quando ele necessita é gostoso e necessário suprir.

Lembro que em um dos meus momentos de pesquisa, li a seguinte frase “Um bebê que chora não é “mau”, “manipulativo” ou “difícil”, apenas normal. Como qualquer outro ser humano, ele necessita de alimento quando está com fome, companhia quando está sozinho, estímulo quando entediado, e conforto quando com dor, tristeza ou estressado.” – (É possível mimar um bebê? – do blog Psiquiatria e Toxicodependência). E é bem por aí mesmo, a diferença deles para nós é que eles necessitam de conforto com maior frequência, por sentirem com muita intensidade e não controlarem ou entenderem esses sentimentos todos.

É claro que eu acredito em algumas coisas como o bebê reconhecer seu cantinho na casa desde cedo, aprender a dormir sozinho. O Gabriel, por exemplo, foi para o quartinho dele com 18 dias de vida, sozinho. Antes disso, ele dormia em nosso quarto, no carrinho, pois nunca permitimos que dormisse em nossa cama por questões de segurança e, futuramente, por respeito e privacidade. Ele também, na maioria das vezes, é capaz de pegar no sono sozinho, ou quando ele começa a ficar sonolento no meu colo, coloco-o imediatamente no berço. Achei importante ensiná-lo isso, para que ele conseguisse voltar a dormir por conta própria naqueles acordadas repentinas da madrugada. Mas não nego os momentos que ele precisa de colo ou de ajuda para dormir. É tão gostoso. E tenho que confessar, as vezes sou eu a carente que necessita senti-lo no colo (e as vezes ele não quer), ainda mais quando lembro que um dia ele não precisará e nem irá querer mais esse grude todo.

Mas vale lembrar que respeito ao método dos outros vem em primeiro lugar, sempre. Cada criança é única e adaptável a algum tipo de método. O que funciona pra um, não necessariamente funcionará para outro, afinal nenhum ser humano é igual ao outro. E fiquem tranquilos vocês papais e mamães que “mimam”seu bebês, não se mima um bebê cuidando bem dele.

PS: MIMAR – 1. dar mimo a, amimar, ser carinhoso com; 2. figurado tratar ou educar com excessiva indulgência (Fonte: http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/mimar)